Muito provavelmente você já viu essas duas árvores!
São conhecidas em quase todo o Brasil, mas chama atenção no início da primavera, quando aparecem suas exuberantes floradas.
A Sibipiruna (Poincianella pluviosa ou Caesalpinia pluviova ou Caesalpinia peltophoroides) é uma árvore originária do Brasil, especificamente da Mata Atlântica do Rio de Janeiro, do Sul da Bahia e do Pantanal Matogressense. Adapta-se em quase todo o território nacional.
Diversas cidades adotaram a Sibipiruna para plantio em vias públicas, sobretudo no estado de São Paulo.
Trata-se de uma árvore de crescimento rápido, copa volumosa, raízes não muito agressivas e que alcança até 16 m de altura.
Suas flores são amarelas, dispostas em um cacho piramidal semelhante a uma pequena “árvore de natal” e que vão desabrochando da base da pirâmide para cima. A queda das flores deixa no chão um lindo tapete amarelo.
A Tipuana (Tipuana tipu) não é brasileira, embora tenha aqui se adaptado de maneira excepcional. Sua origem é da Bolívia e do norte da Argentina.
Essa árvore pode alcançar mais 20 m de altura. Sua copa é mais exuberante que a da Sibipiruna e, por isso, é também muito utilizada no paisagismo urbano. A florada é cor de laranja-amarelada, produzidas em grande quantidade.
Uma das atrações dessa época do ano em São Paulo é percorrer ruas e avenidas com presença de Tipuanas e apreciar os tapetes alajanjados. Quem passa pela avenida Pompéia em setembro / outubro jamais esquecerá o contraste urbano causado pelo laranja e o cinza da cidade.
Os inconvenientes dessas plantas são:
O conflito com os fios em vias públicas leva as prefeituras efetuar podas, que podem desequilibrar indivíduos e causar tombamento em função de tempestades;
Ataque de cigarrinhas (Cephisus siccifolius) em seu estado de ninfas, que sugam seiva em galhos jovens, alimentando-se de parte do que foi sugado e eliminando o excesso. A colonização desses insetos forma uma espuma esbranquiçada de seiva que além de pingar nas vias públicas e carros, atrai formigas e propicia o crescimento de fungos;
Ataque de cupim (Heterotermes tenuis e Coptotermes gestroi) que ocasiona destruição do caule e risco de queda.
Quem quiser se aprofundar em arborização urbana clique aqui.
Leia também o post sobre floradas dos ipês amarelos no blog da chácara no Manual da Chácara.
Grande abraço
Luiz Cláudio